segunda-feira, 18 de abril de 2011

VISUALIZAÇÃO DE VEIAS


Com o avanço da tecnologia já está disponível no Brasil uma nova técnica para localização de vasos superficias em paciente que apresentam situações de dificuldade par realização de punções. Com tecnologia próxima a luz infravermelha, oVein Viewer ilumina vasos subcutânios obtendo a imagem exata de sua localzação na superficie da pele.
O procedimento invasivo da punção venosa é comumente visto como uma das maiores causas de dor. Com esse avanço ira diminuir o indice de paciente com dor na hora da punção.
acadêmica: Janilce mara braga campos

O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PELE SEM A NECESSIDADE DO BISTURI

No Brasil cerca de 12000 brasileiros são submetidos ao diagnóstico de câncer de pele. Para identificar o câncer de pele os médicos vão em busca de manchas de bordas e cores variadas que coçam ou sangram e costumam aparecer de uma hora para outra. As pessoas que estão mais suscetíveis ao câncer de pele são as de pele branca e de olhos e cabelos claros e as que não se bronzeiam. Antes o exame era feito através de uma pequena cirúrgia com bisturi, onde era extraído o tecido para a análise. Hoje com o avanço da tecnologia esse exame é realizado com um aparelho microscópico confocal, o vivascope que fornece uma imagem de alta definição, até mil vezes maior do que a original, e com um foco muito preciso. Esse aparelho com intermédio de laser, permite o médico enxergar a estrutura das células na pele, e ir até 5 milimetros de profundidade, rastreando a epiderme e a derme camadas em que se formam quase 100% do câncer. Além de evitar biópícias desnecessárias. O novo aparelho tormam as cirurgias para remoção do tecido doente mais eficiente.
Suponho que com esse novo aparelho, o diagnóstico é mais rápido e o tratamento mais eficiente e deixa menos sequelas no paciente.

Revista:Veja
Editora:Abril,edição 2185-ano 43-nº40,06 de outubro de 2010

Cirurgia cura câncer de próstata reincidente, indica pesquisa


Cirurgia cura câncer de próstata reincidente, indica pesquisa

REPORTAGEM: FOLHAONLINE.COM.BR - 14/04/2011 - 10h55

MARIANA PASTORE

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um estudo publicado na edição de abril da revista "European Urology" mostrou que é possível curar o câncer de próstata mesmo após o retorno do tumor.O trabalho, feito com pacientes que já tinham sido submetidos a radioterapia após o diagnóstico inicial, indica que a cirurgia de remoção da próstata é eficaz para eliminar o tumor.Conduzida em oito centros oncológicos na Europa, nos EUA e no Brasil (na USP), a pesquisa acompanhou 404 homens com idade média de 65 anos, que fizeram cirurgia radical da próstata após recidiva do câncer tratado com radioterapia.Os pacientes foram acompanhados após a cirurgia. Dos 404 que participaram do estudo, 195 mostraram sinais de recidiva da doença, porém em apenas 64 deles o tumor voltou e 40 morreram.Depois de dez anos, 312 (77%) dos pacientes não apresentaram metástase.Segundo o urologista do HC e do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) Daher Chade, que liderou o estudo no país, é a primeira vez que uma pesquisa comprova essa possibilidade.Hoje, doentes que fizeram radioterapia e voltam a ter câncer são tratados com hormonioterapia, um tipo de químio que controla o crescimento do tumor, mas não o elimina, e aumenta a sobrevida em cerca de dois

anos.No país, 20% dos homens diagnosticados com a doença fazem radioterapia. A outra opção é a cirurgia.Após a radioterapia, o câncer volta em 20% a 40% dos pacientes. Antes, quando isso acontecia, a doença era considerada incurável. Sempre houve uma suspeita de que a cirurgia poderia eliminar o tumor, mas só agora confirmamos a hipótese, afirma Chade.O procedimento é o mesmo aplicado nos diagnosticados com câncer de próstata que optam pela operação logo no início."Essa é outra vantagem, os urologistas já sabem fazer."Segundo Chade, a cirurgia tem maior chance de cura mas, também, maior chance de complicações. "Muitos homens não querem correr o risco de ficar impotentes ou com incontinência urinária, mesmo sob o risco de não serem curados com a radioterapia. Por isso, cada vez mais está se indicando a radioterapia como primeiro tratamento."


RESTRIÇÕES

O urologista Miguel Srougi, professor da USP e coautor do estudo, explica que não são todos os doentes que podem ser submetidos ao procedimento.

"Se o tumor voltar de forma muito agressiva, como no caso do ex-governador Orestes Quércia, morto no ano passado, a cirurgia não pode ser feita. Também está descartada em pacientes com PSA [antígeno prostático específico] muito alto no começo, ou quando a radioterapia produziu muita aderência na região da próstata."Para Miguel Srougi, embora cure um número razoável de casos, o procedimento tem mais complicações do que a cirurgia feita logo após o diagnóstico.O urologista explica que a pesquisa tem um viés. Os pacientes do estudo foram tratados em centros de excelência, por cirurgiões mais experientes que a média.

terça-feira, 22 de março de 2011

TESTE - Verificação da Pressão Arterial

Questionário interativo on-line sobre
Medida da Pressão Arterial
(esfigmomanometria)
NIPE / UnB


Você sabe mensurar a PRESSÃO ARTERIAL?
Clique no link abaixo para fazer o teste.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Banho de sol aumenta desejo sexual masculino.

Pesquisadores austríacos publicaram artigo na revista Clinical Endocrinology no qual afirmam que banho de sol pode ampliar o desejo sexual masculino, já que a vitamina D produzida aumenta a quantidade de testosterona.

Cerca de 2,3 mil voluntários participaram da pesquisa. Os cientistas aferiram que eles tinham uma concentração menor, tanto da vitamina D, quanto de testosterona, durante o inverno, e uma concentração maior, no ápice do verão.

Agora, o coordenador do estudo, Winfried Marz, quer verificar se suplementos de vitamina D têm o mesmo efeito sobre a testosterona, aumentando a libido dos homens.

É bom lembrar que exposição em demasia ao sol, sem a devida proteção, causa câncer de pele. Logo, o melhor é manter uma dieta rica em vitamina D, com gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixes como cavala, salmão e arenque. Além, é claro, de banhos de sol moderados e proteção adequada para pele.

Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação Saúde em Movimento

Publicado em: 11/02/2010

Incontinência Urinária

INTRODUÇÃO

A Incontinência Urinária é uma condição multifatorial que afeta muitas pessoas, em diferentes faixas etárias. Ao mesmo tempo em que era considerada pelos pacientes como uma condição normal do processo de envelhecimento era negligenciada pelos profissionais da área da saúde. Essa condição constrangedora de perda involuntária de urina tem conseqüências avassaladoras na qualidade de vida das pessoas incontinentes, causando muitas vezes marginalização do convívio social, frustrações psicossociais e institucionalização precoce.
É de especial importância aos profissionais da área da saúde o conhecimento prévio de todo o processo fisiológico normal de continência, para que possamos intervir diretamente e de forma conservadora nos cuidados da pessoa incontinente, para tanto, faremos uma breve revisão dos mecanismos fisiológicos normais.

REFLEXO DA MICÇÃO

À medida que a bexiga vai se enchendo de urina, os receptores sensoriais presentes no interior da bexiga percebem o estiramento da parede vesical e ondas de contração vão surgindo, esses sinais sensoriais são conduzidos para os segmentos sacrais da medula espinhal pelos nervos pélvicos, voltando depois, por via reflexa, para a bexiga. À medida que a bexiga continua se enchendo os reflexos de micção tornam-se mais freqüentes mais intensos causando contrações também cada vez maiores do músculo detrusor, num ciclo repetitivo e contínuo, até que a bexiga atinja um alto grau de contração.
Uma vez que o reflexo da micção se torne suficientemente intenso, outro reflexo é desencadeado determinado o relaxamento esfincteriano. Se esta inibição for mais potente no cérebro que os sinais constritores voluntários para o esfíncter externo, ocorrerá a micção; caso contrário , a micção não ocorrerá até que a bexiga se encha ainda mais e a micção reflexa se torne mais intensa.

FISIOLOGIA DA MICÇÃO

O ato miccional apesar de aparentemente simples envolve a interação de estruturas complexas como o SNC, SNP e estruturas do trato urinário. A interação entre essas estruturas estabelece um equilíbrio coordenado e harmônico, determinando a Continência Urinária.
A função vesical acontece em duas fases, ou seja, Fase de Armazenamento ou Enchimento e Fase de Esvaziamento.
A Fase de Armazenamento ocorre quando a bexiga consegue acumular quantidades crescentes de urina em seu interior sem variações significativas de pressão, enquanto os esfíncteres urinários permanecem contraídos, o que estabelece uma pressão intra uretral maior que a pressão vesical.
Essa capacidade de armazenar urinar sem que haja aumentos significativos na pressão é chamado da Complacência Vesical ou Acomodação Vesical.
Nessa fase o músculo detrusor está em repouso, o que permite que isso aconteça. Essa fase é produzida pela estimulação simpática dos receptores beta adrenérgicos dentro da parede vesical, causando relaxamento do detrusor. Ao mesmo tempo a atividade nervosa simpática inibe a atividade parassimpática, promovendo mais ainda, um estado de relaxamento. O relaxamento do detrusor durante a fase de enchimento é o componente-chave para a fase de acomodação vesical. A estimulação simpática de receptores alfa adrenérgicos presente no colo vesical e uretra proximal causa a constrição, com conseqüente aumento da pressão uretral.
O esfíncter externo e os músculos elevadores do ânus servem como suporte para os mecanismos de continência, embora em permanente estado de contração podem contrair-se ainda mais para impedir a perda de urina sob condições de stress, são inervados pelo plexos sacrais e nervos pudendos.
Uma vez que a bexiga atinja sua capacidade máxima (350 - 650 ml), os receptores do interior do músculo detrusor emitem sinais aos centros corticais do cérebro para se iniciar a fase de esvaziamento.
Para iniciar o processo da micção é necessário que o córtex reconheça a repleção vesical (desejo miccional) e decida a melhor hora e momento para desencadear o esvaziamento da bexiga.
A Fase de Esvaziamento acontece com a estimulação da contração do detrusor associada ao relaxamento esfincteriano e dos músculos elevadores do ânus, permitindo que a bexiga elimine seu conteúdo através de uma inversão desse gradiente de pressão, enquanto o córtex inibe o relaxamento simpático da bexiga. A uretra se encurta o que diminui a resistência do fluxo. A bexiga libera seu conteúdo sob controle voluntário dependendo diretamente de uma atividade coordenada da uretra e do músculo detrusor.
A ativação dos receptores colinérgicos parassimpático no músculo detrusor estimula a sua contração e a micção começa.
O reflexo da micção é um reflexo completamente autonômico da medula espinhal, mas pode ser inibido ou facilitado por centros do cérebro.

Músculo Esfincter Forte

Músculo Esfincter Fraco

CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Dentre as Incontinências Urinárias definiremos:

Incontinência Urinária de Urgência e Urge-Incontinência
É a presença de contração vesical durante a fase de enchimento desencadeada espontaneamente ou em resposta a estímulos e demonstrada de forma objetiva, quando a paciente tenta inibir a contração. É chamada de Instabilidade em pacientes sem diagnóstico neurológico e de hiperreflexia em pacientes com comprometimento neurológico. Resultando em micções freqüentes e relativamente descontroladas. Esta condição deriva de uma lesão parcial da medula espinhal ou do tronco cerebral que interrompe a maioria dos sinais inibitórios, ou por hipersensibilidade a acetilcolina, aumento das fibras sensitivas na submucosa, ativação dos reflexos medulares, principalmente em pacientes neuropatas e por deficiência ou diminuição do controle inibitório do SNC. Portanto, impulsos facilitatórios passando continuamente ao longo da medula mantém os centros sacrais tão excitáveis que mesmo uma pequena quantidade de urina provoca um reflexo da micção incontrolável, assim promove a micção freqüente, quando a paciente sente forte desejo de urinar e perde urina no trajeto até o banheiro classifica-se como Urge-Incontinência.
A paciente tem sensação de plenitude vesical por diminuição da complacência.
A Incontinência de Urgência pode ser sensitiva ou motora e a diferenciação é feita no exame urodinâmico.

Incontinência Urinária de Esforço
É a perda involuntária de urina que surge com aumentos da pressão intra-abdominal, causando problema social ou higiênico para a mulher, na ausência de atividade contrátil do detrusor. Em condições normais o esfíncter da uretra é capaz de impedir a saída de urina por ocasião de aumento acentuado e abrupto da pressão intra abdominal como em episódios de tosse, espirro ou riso forçado. Na incontinência urinária de esforço ocorre uma perda involuntária de urina quando a pressão vesical excede a pressão uretral máxima, sem que o músculo detrusor tenha se contraído. Pode ser um sintoma (quando a paciente nos relata) pode ser um sinal (quando percebido ao exame físico) ou uma condição (quando vem associado a um diagnóstico urodinâmico específico).
O fator determinante da IUE é a alteração do gradiente de pressão entre a bexiga e a uretra. Essa mudança ocorre por falha no mecanismo esfincteriano extrínseco ou intrínseco da uretra. Assim, a IUE pode ser decorrente de hipermobilidade do colo vesical e/ou insuficiência esfincteriana.

Incontinência Urinária Mista
Quando se somam os sintomas da IUE e da Incontinência de Urgência, é necessário analisar a predominância dos sintomas.

FATORES PREDISPONENTES

Parto Vaginal:
Por trauma neuromuscular ao assoalho pélvico e/ou descolamento da fáscia pubocervical, por estiramento ou compressão mecânica dos nervos pélvicos. Lesões causadas mais freqüentemente durante a segunda fase do trabalho de parto.

Deficiência Estrogênica:
O trato urinário inferior é rico em receptores de estrogênio, que faz quando são estimulados, um aumento do fluxo sangüíneo do plexo artério-venoso e o fluxo sangüíneo aumentado melhora a coaptação da mucosa uretral e aumenta sua pressão, promovendo a continência. A deficiência de estrogênio pode ser um fator que contribui para a incontinência urinária em mulheres na menopausa.

Tabagismo:
O tabagismo pode agravar a incontinência por vários fatores:
- danos às sustentações uretrais e vaginais pela tosse crônica
- alterações na síntese e na qualidade de colágeno
- contrações do detrusor induzidas pela nicotina do cigarro.
- Efeitos anti-estrogênicos que diminuem a atividade dos receptores adrenérgicos no esfíncter uretral interno.

Obesidade
A obesidade piora a condição de incontinência por aumentar a pressão intra-abdominal.

DIAGNÓSTICO

Estudo Urodinâmico
É um termo genérico que compreende o estudo funcional da bexiga e/ou uretra. Fazem parte desse exame a fluxometria, cistometria, estudo fluxo/pressão, a eletromiografia, perfil pressórico uretral e a pressão de perda.
Tem particular importância na determinação da causa da incontinência urinária, na terapêutica , apesar de ser um exame invasivo e agressivo, utilizar como instrumento para sua execução sondas intra uretral e a paciente se expor durante o exame urinando na presença de pessoas estranhas, constitui-se na abordagem diagnóstica mis segura da Incontinência Urinária.

ORIENTAÇÕES PARA COMPLEMENTAÇÃO DIAGNÓSTICA

Diário Urinário
Consiste na anotação pela paciente de suas micções , sintomas e situações de perda urinária, pode ajudar-nos muito na avaliação da intensidade e da freqüência objetiva desses sintomas.

Teste de Esforço ou Teste da Almofada ou Pad-Test
Permite uma medida quantitativa da perda urinária. É um teste que necessita de balança de alta precisão e de alto custo, mas é útil na classificação da incontinência urinária.

Teste do Cotonete ou Q.tip Test
Faz-se a assepsia do local com polvidine, introduz-se cotonete estéril embebido em xylocaína até que a resistência seja vencida, marcando-se aí como ponto zero (0), solicita-se uma contração voluntária ou manobra de Valsalva e com o goniômetro mede-se angulação do cotonete.

AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA

IDENTIFICAÇÃO
HMA
ANAMNESE

Deve-se pesquisar:
- Queixa e duração dos sintomas
- Tipo de sintomas
- Tempo de aparecimento dos sintomas
- Situações em que ocorre a perda (IUE/Urgência)
- Idade da Continência (controle da micção)
- Fator desencadeante
- Fatores que melhoram e que pioram os sintomas
- Status hormonal
- Se há relacionamento do sintoma com algum evento como parto normal ou alguma cirurgia ginecológica.
- Hábitos intestinais: número de evacuações por semana/ período de tempo para evacuar.
- Hábitos de vida; (cigarro, álcool, alimentação, obesidade)
- Medicações

EXAME FÍSICO
Inclui:
Inspeção

Abdominal

· Estado da Pele
· Cicatrizes/Aderências
· Estrias
· Zonas Dolorosas
· Hérnias

Assoalho Pélvico

· Mucosa hiperêmica
· Presença de irritação local
· Presença de Corrimentos
· Presença de Mamilos Hemorroidários
· Presença de Escorições
· Presença de Micoses
· Presença de cicatrizes
· Presença de Epsiotomias
· Presença de Varicosidades
· Abertura Vulvar
· Distância Ano-Vulvar

Palpação

· tônus da musculatura perineal através da palpação das paredes vaginais
· capacidade de realizar contração voluntária (introduzindo-se os dedos indicador e dedo médio devidamente calçados de luva, dentro do canal vaginal, solicita-se à paciente para " prender" os dedos na vagina)
· tônus da musculatura glútea , abdominal e adutora
· alterações de sensibilidade
· em pacientes idosos ou debilitados solicita-se a deambulação e as possíveis alterações posturais como desequilíbrios, instabilidades e incoordenações motoras.

TESTES ESPECIAIS

· Força Muscular (Abdominal e Assoalho Pélvico)
· Diástase dos Retos Abdominais
· Núcleo Fibroso Central do Períneo
· Reflexos Sacrais (bulbocavernoso e cutâneo anal)

TRATAMENTO FISIOTERÁPICO

Durante muitos anos a cirurgia foi a melhor opção de tratamento da Incontinência Urinária, mas com o passar do tempo as recidivas eram freqüentes, submetendo as pacientes às mesmas condições iniciais de perda urinária, muitas vezes com piora do prognóstico.
As técnicas de tratamento conservador ficaram esquecidas durante muitos anos, e somente nos anos 80 readquiram importância , apesar de terem surgido em 1948 com Arnold Kegel.
É muito importante que haja uma abordagem multiprofissional dessas pacientes e uma perfeita interação entre os membros da mesma equipe para que a paciente seja beneficiada e o diagnóstico seja seguro. Com os avanços das pesquisas em fisiologia do trato urinário inferior e com o aprimoramento das técnicas de diagnóstico, o tratamento conservador foi assumindo um importante papel na reabilitação dessas pacientes através das Técnicas de Reeducação Perineal.
Os resultados positivos dessas técnicas dependem da boa avaliação do paciente e da escolha da técnica e parâmetros de tratamentos para cada tipo específico de Incontinência que será tratada.

TRATAMENTO CONSERVADOR

Terapia Comportamental
Visa ensinar a paciente um comportamento que foi perdido.
Consiste na micção em tempos determinados ou treinados da bexiga.
O objetivo é separar-se a percepção da necessidade de urinar do ato de urinar, permitindo à mulher restabelecer o controle cortical sobre a bexiga.

REEDUCAÇÃO PÉLVICO - PERINEAL

A musculatura pélvico-perineal tem uma grande importância sobretudo na mulher, ela desempenha um papel de fixação e de sustentação dos órgãos pélvicos.
Existem várias técnicas de tratamento conservador que podem ser utilizadas e que na literatura tem se mostrado eficaz na abordagem da paciente incontinente.
A reeducação pélvico - perineal pode ser usada tanto de forma preventiva para toda a musculatura, quanto de forma curativa para músculos enfraquecidos.

MODALIDADES DE TRATAMENTO CONSERVADOR

Contração Voluntárias ou Exercícios de Kegel
Kegel foi o primeiro a descrever de modo sistemático um método de avaliação e um programa de exercícios com o objetivo de reeducar o assoalho pélvico e aumentar o tônus da musculatura perineal.
A contração do assoalho pélvico exige uma capacidade de ativar os músculos corretamente.
O assoalho pélvico funciona em conjunto não sendo possível fechar as três aberturas individualmente, porém é necessário focalizar cada uma delas independente.

Os exercícios de devem ser feitos com contrações fortes, longas e repetidas, uma depois da outra com uma breve pausa entre elas, cada uma mantida pelo maior tempo possível.

O fisioterapeuta deve verificar a ausência de contração nos músculos abdominais, adutores do quadril e glúteos.

Como acontece com toda reeducação, a paciente precisa de estímulo regular para aumentar a extensão, intensidade e número de contrações repetidas . Deve ser usado um certo número de posições, trabalhando aquelas que são mais difíceis. Para obter o melhor resultado possível de um programa de exercícios pélvicos, ele precisa ser realizado dentro de um período de três a seis meses.

Perineômetro
Em 1948, Kegel descreveu um dispositivo pneumático que ele usava para medir a pressão dentro da vagina, e para motivar as mulheres a praticarem exercícios para o assoalho pélvico. Constituía-se numa peça de borracha cheia de ar compressível (sensor) que era inserida na vagina da mulher ligada a um manômetro. A mulher então contraía o seu assoalho pélvico várias vezes e anotava a maior leitura no mostrador, e o período de tempo durante o qual ela podia manter uma contração.

Cones Vaginais
Na reabilitação muscular, a resistência na forma de pesos tem sido há muito tempo usado para aumentar a força e a resistência. As tentativas para achar um meio de aplicar a resistência manual à musculatura perineal levou a criação e comercialização dos cones vaginais. Eles consistem de uma série de cinco a noves cilindros pequenos, de pesos variáveis, indo de 10 a 100 g. Eles são feitos de chumbo coberto com plástico e são do tamanho aproximado de um tampão, com um cordão de nylon ligado as pontas mais afiladas. O cone age forçando para baixo os músculos do assoalho pélvico, e esse sentimento de soltar o cone faz o músculo se contrair em torno dele, para retê-lo.

Eletroestimulaçao do Assoalho Pélvico

A eletroestimulaçao vem adquirindo grande importância entre as modalidades de tratamento conservador da I.U.E, visa essencialmente promover o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico através de contrações eletricamente induzidas, sem que necessariamente haja a participação ativa da paciente.

Autora: Cláudia Elaine Cestári Souza
Fisioterapeuta

Redação do Saúde em Movimento

Data da Publicação: 19/05/2003

Andropausa

Tanto o termo Andropausa quanto CLIMATÉRIO MASCULINO, podem ser ambos clinicamente inadequados. Na menopausa, de onde se faz a analogia com Andropausa, ocorre invariavelmente a falência dos ovários e o fim do ciclo reprodutivo da mulher. No homem, com o avançar da idade, diminui a produção de vários hormônios, principalmente dos chamados esteróides sexuais. O que realmente existe é uma síndrome caracterizada por deficiência. Mas, como o termo já adquiriu status de verdade creio podermos usá-lo sem maiores prejuízos da ciência.

No homem, a chegada do envelhecimento físico pode vir junto com a falta desejo sexual, esta última muito ligada ao fator psicológico e, em alguns casos, à diminuição da produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. Essa fase pode ser chamada de Andropausa.

A Andropausa não é igual para todos os homens, mas todos experimentam alguma diferença no modo de sentir a vida a medida em que a velhice vai chegando. Embora a idade seja a causa da Andropausa, os homens mais emotivos, menos autoconfiantes e seguros de si estão mais predispostos aos efeitos da apatia.

A produção do hormônio testosterona costuma diminuir, de forma discreta, quando os homens ultrapassam os 50 anos. Isso é fisiológico e natural. Depois dos 40 anos, a testosterona começa a diminuir cerca de 1% ao ano, entretanto, quando essa queda é mais acentuada, o fenômeno leva o nome de Andropausa e alguns homens podem apresentar problemas.

Portanto, a Andropausa seria o resultado das disfunções sexuais e os problemas físicos provocados pela diminuição do nível de testosterona que atinge homens com mais de 50 anos.

O “climatério masculino”, ou Andropausa, foi descrito pela primeira vez em 1939, onde se caracterizou como o declínio da testosterona plasmática em homens acima de 50 anos. A partir dos anos sessenta, inúmeros trabalhos científicos confirmaram estas descobertas e identificaram uma redução da perfusão sanguínea (fluxo) nos testículos, com redução significativa da síntese de testosterona.

A Andropausa é a versão masculina da menopausa na mulher e, neste período do envelhecimento, o homem é marcado por mudanças fisiológicas e psicológicas. Mas, por maior que seja a queda da testosterona no homem, ela não se compara à queda dos hormônios femininos na mulher na menopausa. No homem os sintomas se instalam lenta e progressivamente, diferentemente da menopausa na mulher.

Nessa fase, em 15% dos casos surgem sintomas como perda de interesse sexual, problemas de ereção, falta de concentração, queda de pêlos, aumento de peso, irritabilidade e insônia, entre outros. O medo de enfrentar desafios, seja na vida particular ou profissional, é um dos sintomas mais comum.

Quando é a insônia que mais importuna o paciente, deve ser tratada, quando são os distúrbios de ereção, é isso que deve receber tratamento, ou a depressão, o ganho de peso e assim por diante.

A Testosterona, o Hormônio Masculino

Os hormônios masculinos são produzidos, na sua maior parte, nos testículos e pequena porção nas glândulas supra-renais. A regulação da produção desses hormônios depende da integridade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, um sistema que integra o hipotálamo no cérebro, a glândula hipófise, também no cérebro e as gônadas.

A testosterona é o mais importante hormônio masculino e o homem adulto produz aproximadamente 7mg de testosterona todos os dias. No exame de sangue essa produção é constatada normal quando o nível de testosterona está entre 300 e 1.000 ng/dL (nanograma por decilitro). Entre o período da manhã e noturno existem variações na produção de testosterona, sendo à noite os menores níveis.

A produção de testosterona pode ainda ser alterada por várias condições clínicas, tais como uso de alguns medicamentos, obesidade, doenças hepáticas, doenças renais e doenças de algumas glândulas, principalmente da tireóide, diabetes, por doenças coronarianas, depressão e até pelo tabagismo (Referência)

A testosterona facilita e promove o crescimento e a virilização do homem, estando associada às mudanças na composição corporal, como a distribuição de pêlos na face, tórax e na região púbica, aumento da massa muscular e funções sexuais. Existem grandes variações individuais na produção hormonal e variações com a idade. No sangue, a testosterona está circulando geralmente ligada às proteínas (globulinas).

Na adolescência a testosterona é responsável pelas características sexuais, como o desenvolvimento do pênis, o aumento dos pelos, as mudanças da voz e o aumento da massa muscular. Com a diminuição ou falta da testosterona surgem os sintomas da Andropausa (abaixo).

Em torno dos 55 anos, às vezes até mesmo antes, começa a perda de libido e o interesse sexual diminui ou desaparece. Apesar do homem ainda ter ereção peniana sua vontade de sexo está prejudicada. Mais tarde surge também a dificuldade em ter ou manter a ereção, juntamente com alterações de humor, irritabilidade, sintomas depressivos e alterações da memória, entre outros.

Tal como acontece nas mulheres, por volta dos 35-40 anos o homem também passa a ter maior propensão para engordar e, com a Andropausa, essa tendência se agrava. Mas o aumento de peso na Andropausa se deve ao aumento da gordura corporal, havendo simultaneamente uma maior perda de massa muscular. Essa perda muscular se agrava ainda mais pela falta de atividade física.

Além da diminuição do desejo sexual também sofre diminuição a disposição mental e disposição para o trabalho. O déficit de Testosterona no cérebro leva também a constantes episódios depressivos, dando a sensação de que a vitalidade se reduz a cada dia que passa.

SINTOMAS DA ANDROPAUSA

Aumento da proporção de gordura corporal
Diminuição da massa muscular
Tendência à anemia
Tendência à osteoporose
Perda de interesse sexual
Dificuldade de ereção
Dificuldade de concentração
Problemas de memória
Apatia e depressão
Queda de pêlos
Aumento de peso
Irritabilidade
Insônia


A influência da Testosterona se faz sentir uma muitos órgãos e funções do organismo. Vejamos algumas delas:

Próstata

Estudos epidemiológicos têm relacionado os andrógenos (principalmente a testosterona) com o desenvolvimento do câncer da próstata. Alguns desses estudos constatam que jovens negros do sexo masculino têm níveis séricos de testosterona maiores do que os jovens de raça branca. As diferenças raciais detectadas entre esses grupos de homens americanos em relação ao metabolismo da testosterona, paralelamente às diferenças raciais detectadas quanto à mortalidade e maior incidência de câncer da próstata, sugerem, que ao menos uma parte dessas diferenças se deva à magnitude da testosterona endógena.

Os andrógenos (principalmente a testosterona) promovem o desenvolvimento e o crescimento prostático através dos níveis hormonais crescentes durante a puberdade. Sabe-se que os andrógenos estão envolvidos no desenvolvimento dos tumores prostáticos benignos (hipertrofia prostática benigna), sendo também constatado, estatisticamente em autópsias, que há correlação positiva entre o volume prostático e a idade.

Por outro lado, a privação de andrógenos causa a morte de células tumorais na maioria dos tumores da próstata, principalmente dos tumores derivados do epitélio glandular e que crescem por estimulação da testosterona. Também existem fortes evidências de que os andrógenos estimulam o crescimento de câncer pré-existente da próstata, mas é fato desconhecido e inconsistente se a concentração da testosterona no tecido prostático inicia realmente o desenvolvimento do câncer da próstata.

Também já se sabe que níveis aumentados de andrógenos não aumentam o PSA, que é a enzima que aumenta quando existe câncer de próstata. A literatura evidencia o desenvolvimento do câncer da próstata em atletas e pessoas que estão realizando fisiocultura corporal (aumento da massa muscular) após a utilização de esteróides anabolizantes.

Mas, como se não bastasse essa confusão, também se sabe que muitos homens com testosterona baixa, PSA normal e toque prostático normal, podem ser portadores de câncer oculto e latente da próstata, o qual poderá se desenvolver com o uso abusivo e sem orientação médica de testosterona.

Os níveis de andrógenos podem influenciar no desejo e na fantasia sexual durante o desenvolvimento e a vida adulta. Libido, humor e funções do conhecimento e da percepção (fatores cognitivos)

Comportamento

Estudos demonstram que a testosterona exerce uma significativa influência na libido e da função sexual. Em homens com deficiências de testosterona demonstradas laboratorialmente, a reposição da mesma tem aumentado a ousadia, o interesse e a melhoria do comportamento e do desempenho sexual.

Por outro lado, a correlação entre os níveis de testosterona e o comportamento agressivo permanece controvertida com as informações atuais da literatura. Mas, os pacientes com distúrbios psiquiátricos e deficiência de andrógenos, quando os mesmos são administrados (reposição), apresentam de melhoria da disposição, performance energética, melhoria da memória, da auto-imagem corporal e do bem estar social.

Desempenho sexual

Ainda há muita controvérsia sobre a ação hormonal no desempenho erétil. Homens castrados ou hipofunção das gônadas apresentam grandes períodos de desinteresse, queda da libido e impossibilidade de apresentar uma ereção peniana normal.

Vários estudos demonstram que os andrógenos não são absolutamente essenciais para o desempenho sexual e função erétil. Isto está evidenciado em homens com baixos níveis de testosterona e bom desempenho sexual e erétil. Entretanto, homens com baixos níveis de testosterona plasmática e baixa performance sexual podem melhorar a função e o desempenho quando são tratados com terapia de reposição hormonal.

A maioria dos homens normais apresenta ereção peniana noturna. Isso acontece numa freqüência de três a cinco ereções no período noturno, com duração de 25 a 35 minutos cada uma. Em pessoas com decréscimo da ereção peniana noturna, estudos monitorados têm evidenciado uma significante melhora dessa função erétil durante as terapias com a reposição hormonal.

Estudos e investigações recentes têm demonstrado que a ereção peniana noturna e a estimulação visual erótica são testosterona dependente, melhorando com esse hormônio a habilidade de iniciar as ereções, a rigidez e a duração.

Reprodução

Os andrógenos estimulam a diferenciação pré-natal e o desenvolvimento puberal dos testículos, epidídimo, pênis, vesícula seminal e próstata. A testosterona é um fator regulador do crescimento e desenvolvimento das células testiculares, interferindo no fluxo sanguíneo e na produção do fluido seminal.

A espermatogênese (produção de espermatozóides), é dependente dos níveis testiculares de testosterona. Entretanto, a terapia com altas doses de testosterona pode inibir, na hipófise, fatores de liberações da gonodotrofina endógena e causar, nas gônadas, diminuição do número ou mesmo ausência de espermatozóides.

Reposição Hormonal Masculina

Os estudos sobre o Tratamento de Reposição Hormonal para a mulheres menopáusicas ou pré-menopáusicas tem sido estudado há mais tempo que seu correspondente masculino. Esse privilégio deveu-se, sobretudo, a forma clássica e abrupta com que os sintomas da menopausa se apresentam.

Na falta de hormônios, a mulher pára de menstruar, começa o ressecamento da pele e das mucosas, o cabelo fica sem vida e, muitas vezes com aumento da queda, há mudanças repentinas de humor, depressão, ondas de calor, obesidade, flacidez na pele e músculos, passa a ter dificuldade nas relações sexuais devido ao ressecamento da vagina, enfim, uma série de sintomas e sinais clínicos que vão surgindo muito visivelmente.

Essas alterações, que na mulher culmina com a Menopausa, a qual pode ter início por volta dos 45 anos de idade. Já no homem, a Andropausa apresenta sintomas mais vagos e variados, desde a perda do tônus muscular, sintomas depressivos e desinteresse sexual. Esses sintomas ocorrem mais tardiamente, em relação às mulheres. Ela começa a surgir por volta dos 50-55 anos. Felizmente, com os avanços da Medicina e a descoberta da Terapia de Reposição Hormonal Masculina é, ao menos, possível retardar essa evolução incômoda.

A Andropausa, ao contrário da Menopausa, não traz o fim da fertilidade para o homem, apenas uma redução dela devido à menor produção de espermatozóides, mas também tem sintomas incômodos, apesar de mais sutis que os da mulher.
Tanto para os homens que ainda já apresentam os sintomas quanto para aqueles que desejam fazer a prevenção da Andropausa, existe a Terapia de Reposição Hormonal Masculina. Esta tem sido mais segura com a forma de aplicação transdérmica, através de gel, cremes ou adesivos cutâneos (Referência).

Além da a Terapia de Reposição Hormonal é necessário fazer uma suplementação de vitaminas, sais minerais e oligoelementos, para melhorar a atividade mental, de antioxidantes e aminoácidos que ajudarão a liberar neurotransmissores cerebrais, melhorando o interesse sexual e o prazer em geral pela vida.

Através da Terapia de Reposição Hormonal Masculina os níveis hormonais podem ser restabelecidos, melhorando a irritabilidade, a depressão e proporcionando a vontade de ser novamente produtivo. O homem que faz o tratamento volta a ter mais energia, força física e mental e vida sexual mais satisfatória.

Tanto para a mulher como para o homem, a Terapia Ortomolecular tem que ser valorizada, individualizada e só deve ser prescrita por Médico Especialista. Este, avaliar o estado psicoemocional do paciente e fazer um estudo pormenorizado de exames laboratoriais, incluindo exames ortomoleculares (Referência).

As contra indicações para Terapia Hormonal Masculina seriam a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama, níveis de testosterona normais e insuficiência hepática.

A Polêmica dos Hormônios

A reposição hormonal masculina e a abordagem da Andropausa tem sido um tema polêmico e controverso nos últimos anos. Vários parâmetros têm sido analisados para definir a necessidade de reposição hormonal e os reais benefícios da terapia.

A tendência em melhorar as condições de vida do idoso, o apelo social para atividade sexual e o interesse em realizar a reposição hormonal têm contribuído muito para melhor entendimento do sistema endócrino e da inteiração fisiológica dos sistemas hormonais do homem.

O interesse pelas terapêuticas do homem idoso com alterações da libido, portador de disfunção erétil, alterações da massa óssea e muscular, alterações da memória e funções cognitivas (conhecimento e percepção) estão revolucionando a pesquisa, a discussão e o entendimento da Andropausa.

A reposição hormonal estimula a produção de hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) mas, por outro lado, aumenta a agregação plaquetária, facilitando a formação de coágulos.

Os andrógenos costumam exercer importante ação nas gorduras das pessoas. Assim, após a puberdade eles provocam o decréscimo do colesterol HDL, que é a fração boa do colesterol e, ao mesmo tempo, aumentam triglicérides e colesterol LDL, que é a fração ruim. É por isso que alguns investigadores têm referido que a supressão de testosterona aumenta a concentração de HDL, melhorando assim o perfil das gorduras, já que o DHL é a fração boa.

Todo paciente com suspeitas de alterações hormonais e interessados na administração de reposições deverá ser rigorosamente investigados por clínicos, endocrinologistas e urologistas. Segundo Gilvan Neiva Fonseca, pacientes com perda da libido, persistente disfunção erétil, queda no desempenho físico e intelectual deverão se submeter a uma completa análise urológica, pois apenas 1 a 2% da disfunção erétil é atribuída a problemas hormonais.

A reposição hormonal está corretamente indicada para homens com hipogonadismo (baixa função hormonal testicular) ou com evidências clínicas e laboratoriais de alterações hormonais. Esses pacientes devem ser amplamente esclarecidos sobre os riscos e benefícios da terapia, para uma melhor qualidade de vida (Idem).

Fonte: Ballone GJ
Data da Publicação: 19/05/2003


quinta-feira, 17 de março de 2011

Médicos devem higienizar as mãos durante cinco minutos antes de uma cirurgia

As infecções hospitalares estão fortemente asso¬ciadas à mortalidade durante o período pós-operatório. Para evitar isso, a desinfecção cuidadosa e efetiva das mãos, unhas e antebra¬ços por parte da equipe médica é essencial, pois ajuda na eliminação de micro-organismo presentes nessas regiões.

Segundo o estudo, "Higienização e antissepsia das mãos para cirurgia", publicado este ano nos Arquivos médicos, dentre os vários agentes antissépticos disponíveis para realizar essa desinfecção, os de eficácia comprovada e mais utilizados são: a clorexidina, a io¬dopovidona e os alcoóis.

O estudo mostra que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preconiza que o procedimento de antissepsia deve durar de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes. De acordo com suas orientações, deve-se abrir a torneira e molhar as mãos, antebraço e cotovelos, e em seguida recolher com as mãos em concha o antisséptico e espalhá-lo por essas regiões. No caso do uso de escova impregnada com antisséptico, essa deve ser pressionada contra a pele, para que o produto se espalhe por todas as partes.

Segundo os autores da pesquisa, Leandro Rodrigues dos Santos, Nilesh Moniz e Ronaldo de Freitas, durante a realização do procedimento de lavagem e antissepsia das mãos, cuidados adicionais devem ser observados nas regiões de maior concentração de micro-organismos como pelos e unhas. "As unhas devem ser limpas com as cerdas da escova ou com o limpador de unhas, sob água corren¬te, e as mãos friccionadas com a esponja, observando os espaços interdigitais e antebraço, mantendo-se as mãos acima dos cotovelos", explicam.

A prática da escovação (com cerdas) das mãos e antebraços durante o processo de antissepsia é, segundo o estudo, agressivo à pele, podendo gerar microlesões. Por isso, os autores sugerem que a higienização seja feita com o uso combinado de escovas com cerdas (para as unhas) e esponjas (para demais superfícies) por ser mais efetivo e menos agressivo.

Fonte: Saúde em Movimento/Notisa
Publicado em: 19/02/2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

SIMPLESMENTE UMA PEQUENA GRANDE MULHER

BREVE BIOGRAFIA DE MADRE TERESA DE CALCUTÁ

Agnes Gonxha Bojaxhiu, a futura madre Tereza, nasceu no dia 26 de agosto de 1910 em Skopje, Macedonia, de una familia de ogirem albaneza. O pai, respeitado homem de negócios, morreu quando ela tinha oitos anos, deixando a mãe de Agnes na condiçao de ter que abrir uma atividade de bordado e fazenda para poder manter a família. Depois de ter transcorrido a adolescencia impenhada fervorosamente nas atividades parroquiais, Agnes deixou a sua casa em setembro de 1928, entrando no convento de Loreto a Rathfarnam, (Dulim), Irlanda, onde foi acolhida como postulante no dia 12 de outubro e recebeu o nome de Tereza, como a sua padroeira, Santa Tereza de Lisieux.

Agnes foi enviada pela congregação de Loreto para a India e chegou em Calcutá no dia 6 de janeiro de 1929. Tendo apenas chegado lá, entrou no noviciado de Loreto, em Darjeerling. Fez a profissão perpétua come irmã de Loreto no dia 24 de maio de 1937, e daquele dia em diante foi chamada Madre tereza. Quando viveu em Calcutá durante os anos 1930-40, ensinou na escola secundária bengalese, Sta Mary.

No dia 10 de setembro de 1946, no trem que a conduzia de Calcutá para darjeeling, Madre Tereza recebeu aquilo que ela chamou “a chamada na chamada”, que teria feito nascer a família dos Missionários da Caridade, Irmãs, Irmãos, Padres e Colaboradores. O conteúdo desta inspiração é revelado no objetivo e na missão que ela teria dado ao seu novo Instituto: “Saciar a infinita sede de Jesus sobre a cruz de amor e pelas almas, trabalando para a salvação e para a santificação dos mais pobres entre os pobres”. No dia 7 de outubro de 1950, a nova congregação das Missionárias da Caridade foi instituida oficialmente como instituto religioso pela Arquidiocese de Calcutá.

Ao longo dos anos 50 e no inicio dos anos 60, Madre Tereza estendeu a opera das Missionárias da Caridade seja internamente dentro Calcutá, seja em toda a India. No dia 1 de fevereiro de 1965, Paulo VI concedeu à Congregação o “Decretum Laudis”, elevando-a a direito pontificio. A primeira casa de missão aberta fora de Calcuta foi em Cocorote, na Venezuela em 1965. A congregação se expandiu em toda a Europa (na periferia de Roma, a Torre Fiscale) e na Africa (em Tabora, em Tanzania) em 1968.

Do final dos anos 60 até 1980, as Missionárias da Caridade cresceram seja em número de casas de missão abertas em todo o mundo, seja no número dos seus membros. Madre Tereza abriu fundações na Australia, no Vizinho Oriente, na America do Norte, e o primerio noviciado fora de Calcutá em Londres. Em 1979 Madre Tereza recebeu o Premio Nobel pela Paz. No mesmo ano existiam já 158 casas de missão.

As Missionárias da Caridade chegaram aos países comunistas em 1979, abrindo uma fundação em Zagabria, na Croácia, e em 1980 em Berlim Este. Continuaram a estender a sua missão nos anos 80 e 90 abrindo casas em quase todos os países comunistas, incluindo 15 fundações na ex União Soviética. Não obstante os repetidos esforços, Madre Tereza não pode abrir nenhuma fundação na China.

Em outubro de 1985 Madre tereza falou no quadragésimo aniversário da Assembleia Geral das Nações Unidas. Na vigilia de Natal do mesmo ano, abriu em Nova York o “Dom de Amor”, a primeira casa para os doentes de AIDS. Nos anos seguintes, outras casa seguiram esta casa de acolhimento nos Estados Unidos e alhures, sempre especificadamente para doestes de AIDS.

No final dos anos 80 e durante os anos 90, não obstante os crescentes problemas de saúde, Madre tereza continuou a viajar pelo mundo para a profissão das noviças, para abrir novas casas de missão e para servir os pobres e aqueles que tinham sido atingidos por diversas calamidades. Foram fundadas novas comunidades na Africa do Sul, Albania, Cuba e Iraque, que estava dilacerado por causa da guerra. Em 1997 as irmãs eram cerca de 4000, presentes em 123 países do mundo nas mais ou menos 600 fundações.

Depois de ter viajado por todo o verão a Roma, New York e Washington, em condições de saúde delicadas, Madre Tereza voltou a Calcutá em 1997. Às 9:30 da noite do dia 05 de setembro de 1997, ela morreu na Casa Geral. O seu corpo foi transferido para a Igreja de São Tomas, adjacente ao Convento de Loreto, exatamente onde tinha chegado 69 anos antes. Centenas de milhões de pessoas de todas as classes sociais religiões, da India e do exterior lhe renderam homenagem. No dia 13 de setembro recebeu o funeral de Estado e o seu corpo foi conduzido em um longo cortejo através as estradas de Calcutá, sobre uma carreta de canhão que tinha trazido tambem os corpos de Mohandas Gandhi Jawaharlal Nehru. Chefes de nações, primeiros Ministros, Rainhas e enviados especiais chegaram para representar os países de todo o mundo.

UM EXEMPLO DE MULHER

"Não sou nada; sou apenas um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do Senhor, com o qual Ele escreve aquilo que deseja.
Por mais imperfeitos que sejamos, Ele escreve magnificamente."

SOU FÃ,
MUITO FÃ,
PERAÍ ACHO QUE AINDA NÃO FUI CLARO,
EU AMO ESSA MULHER

VOCÊS CONHECEM O FILME QUE CONTA A HISTÓRIA DA VIDA DELA?
ASSISTAM E ENTÃO PODERÃO ENTENDER A MINHA ADMIRAÇÃO.


DESEJO A VOCES MULHERES UM DIA LINDO E ABENÇOADO.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Limpar ferimentos é mais eficiente do que usar antibióticos

Limpar ferimentos é mais eficiente do que usar antibióticos
Fonte: Boasaude - uol blog

Pesquisadores fizeram uma descoberta acidental enquanto estudavam as diferenças nos tratamentos de dois tipos de antibióticos.

Os cientistas fizeram um experimento em que deram a 191 crianças um antibiótico que combate os tipos mais comuns de bactérias ou um outro tipo que combate também bactérias mais resistentes a antibióticos. Os resultados encontrados foram surpreendentes. 95% das crianças se recuperaram completamente, independentemente de qual antibiótico foi administrado. Esse fato levou à conclusão de que a limpeza correta da ferida infeccionada é o fator importante para a cura, não o uso de antibióticos.

Aaron Chen é um médico socorrista no hospital americano John Hopkins e líder da equipe de pesquisadores. Ele afirma que, quanto ao estudo, “as boas notícias são que não importou qual antibiótico nós demos, quase todas as infecções e pele sumiram completamente em uma semana. As melhores notícias são que um bom tratamento pouco tecnológico de feridas, limpando, drenando e mantendo a área infectada limpa, é o que realmente faz a diferença entre uma cura rápida e uma infecção persistente”.


ESTUDO EM INGLÊS

Public release date: 21-Feb-2011
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Contact: Ekaterina Pesheva
epeshev1@jhmi.edu
410-516-4996
Johns Hopkins Medical Institutions

Careful cleaning of children's skin wounds key to healing, regardless of antibiotic choice

Hopkins Children's study suggests antibiotics may not always be best therapy

When it comes to curing skin infected with the antibiotic-resistant bacterium MRSA (methicillin-resistant Staphylococcus aureus), timely and proper wound cleaning and draining may be more important than the choice of antibiotic, according to a new Johns Hopkins Children's Center study. The work is published in the March issue of Pediatrics.

Researchers originally set out to compare the efficacy of two antibiotics commonly used to treat staph skin infections, randomly giving 191 children either cephalexin, a classic anti-staph antibiotic known to work against the most common strains of the bacterium but not MRSA, or clindamycin, known to work better against the resistant strains. Much to the researchers' surprise, they said, drug choice didn't matter: 95 percent of the children in the study recovered completely within a week, regardless of which antibiotic they got.

The finding led the research team to conclude that proper wound care, not antibiotics, may have been the key to healing.

"The good news is that no matter which antibiotic we gave, nearly all skin infections cleared up fully within a week," says study lead investigator Aaron Chen, M.D., an emergency physician at Hopkins Children's. "The better news might be that good low-tech wound care, cleaning, draining and keeping the infected area clean, is what truly makes the difference between rapid healing and persistent infection."

Chen says that proper wound care has always been the cornerstone of skin infection treatment but, the researchers say, in recent years more physicians have started prescribing antibiotics preemptively.

Although the Johns Hopkins investigators stop short of advocating against prescribing antibiotics for uncomplicated MRSA skin infections, they call for studies that directly measure the benefit — if any — of drug therapy versus proper wound care. The best study, they say, would compare patients receiving placebo with those on antibiotics, along with proper wound cleaning, draining and dressing.

Antibiotics can have serious side effects, fuel drug resistance and raise the cost of care significantly, the researchers say.

"Many physicians understandably assume that antibiotics are always necessary for bacterial infections, but there is evidence to suggest this may not be the case," says senior investigator George Siberry, M.D., M.P.H., a Hopkins Children's pediatrician and medical officer at the Eunice Kennedy Shriver Institute of Child Health & Human Development. "We need studies that precisely measure the benefit of antibiotics to help us determine which cases warrant them and which ones would fare well without them."

The 191 children in the study, ages 6 months to 18 years, were treated for skin infections at Hopkins Children's from 2006 to 2009. Of these, 133 were infected with community-acquired MRSA, and the remainder had simple staph infections with non-resistant strains of the bacterium. Community-acquired (CA-MRSA) is a virulent subset of the bacterium that's not susceptible to most commonly used antibiotics. Most CA-MRSA causes skin and soft-tissue infections, but in those who are sick or have weakened immune systems, it can lead to invasive, sometimes fatal, infections.

At 48-hour to 72-hour follow-ups, children treated with both antibiotics showed similar rates of improvement — 94 percent in the cephalexin group improved and 97 percent in the clindamycin group improved. By one week, the infections were gone in 97 percent of patients receiving cephalexin and in 94 percent of those on clindamycin. Those younger than 1 year of age and those whose infections were accompanied by fever were more prone to complications and more likely to be hospitalized.

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Co-authors on the study included Karen Carroll, M.D., Marie Diener-West, Ph.D., Tracy Ross, M.S., Joyce Ordun, M.S., C.R.N.P., Mitchell Goldstein, M.D., Gaurav Kulkarni, M.D., and J.B. Cantey, M.D., all of Hopkins.

The research was funded by a grant from the Thrasher Research Foundation and the General Clinical Research Center at Johns Hopkins.

Related:

Knowledge Gaps, Fears Common Among Parents of Children with Drug-Resistant Bacteria http://www.hopkinschildrens.org/Fears-Common-Among-Parents-of-Children-with-Drug-Resistant-Bacteria.aspx

Community-Acquired MRSA Becoming More Common in Pediatric ICU Patients http://www.hopkinschildrens.org/Community-Acquired-MRSA-Becoming-More-Common-in-Pediatric-ICU-Patients.aspx